A síndrome da dor patelofemoral é uma condição que afeta a articulação entre a patela (rótula) e o fêmur, sendo uma das principais causas de dor na parte anterior do joelho.
Essa condição é comum em atletas e pessoas que realizam movimentos repetitivos com os joelhos, mas também pode acometer indivíduos sedentários. Apesar de frequente, muitas vezes é negligenciada, o que pode agravar os sintomas e dificultar o tratamento.
Neste artigo, vou explorar em detalhes o que é a síndrome da dor patelofemoral, suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e os tratamentos disponíveis. Boa leitura!
O que é a Síndrome da Dor Patelofemoral?
A síndrome da dor patelofemoral, também conhecida como “joelho de corredor,” é uma condição caracterizada por dor na frente do joelho, geralmente ao redor ou atrás da patela.
Ela ocorre devido ao aumento da pressão ou ao desalinhamento na articulação entre a patela e o fêmur. Esse problema está relacionado a atividades que exigem flexão repetitiva do joelho, como corrida, subir escadas ou agachamentos.
Ao contrário de outras condições mais graves, a síndrome não resulta de uma lesão estrutural, mas sim de desequilíbrios funcionais ou biomecânicos. Mesmo assim, pode gerar grande desconforto e comprometer a rotina de quem sofre com ela.
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Quais são as principais causas?
Diversos fatores podem levar ao desenvolvimento da síndrome da dor patelofemoral. Uma das causas mais comuns é a sobrecarga repetitiva da articulação, muito observada em esportes de impacto ou atividades físicas intensas.
Além disso, a fraqueza muscular, especialmente no quadríceps e nos glúteos, pode afetar a estabilidade do joelho, favorecendo o desalinhamento da patela. Alterações anatômicas também desempenham um papel importante.
Pés planos, hiperpronação ou diferenças no comprimento das pernas podem interferir na biomecânica do joelho. Outras causas incluem traumas anteriores na região, excesso de peso e o uso de calçados inadequados para atividades físicas.
Quais são os sintomas da síndrome da dor patelofemoral?
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:
- Dor anterior no joelho: a dor pode ser difusa e difícil de localizar, mas geralmente é sentida ao redor ou atrás da patela;
- Dor ao subir ou descer escadas: atividades que envolvem flexão do joelho sob carga frequentemente agravam a dor;
- Dor ao permanecer sentado por longos períodos: conhecida como o “sinal do cinema”, é comum em pessoas que mantêm o joelho flexionado por muito tempo;
- Estalos ou crepitações no joelho: sensação ou som de estalos durante o movimento da articulação;
- Inchaço leve: embora não esteja sempre presente, pode ocorrer após atividades intensas;
- Fraqueza ou instabilidade: sensação de que o joelho pode “falhar” durante as atividades.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da síndrome da dor patelofemoral é, em sua maioria, clínico. O médico avalia o histórico do paciente, buscando identificar possíveis padrões de movimento ou fatores que agravam os sintomas.
Um exame físico é realizado para analisar a mobilidade da patela, o alinhamento do joelho e a força muscular, especialmente dos quadríceps.
Em alguns casos, exames de imagem, como radiografias ou ressonância magnética, podem ser solicitados para descartar outras condições, como lesões ligamentares, fraturas ou artrose.
Quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas e as causas subjacentes, mas a maioria dos casos responde bem a abordagens conservadoras.
Reabilitação com fisioterapia
A fisioterapia é essencial para fortalecer os músculos que estabilizam a patela, como o quadríceps e os glúteos. Além disso, exercícios de alongamento ajudam a melhorar a flexibilidade e corrigir desequilíbrios musculares.
Modificação de atividades
É importante evitar ou adaptar atividades que gerem dor, como corrida ou agachamentos profundos. A adoção de técnicas corretas durante exercícios e o uso de superfícies adequadas também são recomendados.
Uso de equipamentos auxiliares
Em alguns casos, joelheiras ou palmilhas personalizadas podem ser indicadas para melhorar o alinhamento e reduzir a pressão na articulação.
Medicações
O uso de anti-inflamatórios ou analgésicos pode ser necessário para aliviar a dor e a inflamação, especialmente nas fases agudas.
Intervenção cirúrgica
A cirurgia é rara e geralmente indicada apenas para casos que não respondem aos tratamentos convencionais. O procedimento pode envolver a correção do alinhamento da patela ou outras intervenções para aliviar a pressão na articulação.
Como prevenir a Síndrome da Dor Patelofemoral?
A prevenção envolve adotar hábitos que mantenham a saúde do joelho, como fortalecer os músculos das pernas e alongar regularmente.
O uso de calçados adequados e a manutenção de um peso saudável também são medidas importantes para evitar sobrecarga na articulação.
Além disso, praticar esportes com técnicas apropriadas pode prevenir desequilíbrios biomecânicos que favorecem o surgimento da síndrome.
Conclusão
Como podemos ver, a síndrome da dor patelofemoral é uma condição que pode limitar a qualidade de vida, mas que tem tratamento eficaz na maioria dos casos.
Ao reconhecer os sintomas precocemente e buscar orientação profissional, é possível evitar complicações e retornar às atividades normais sem dor.
Portanto, se você sofre de dores no joelho ou percebe dificuldades em realizar movimentos cotidianos, procure um médico ortopedista especialista em joelho para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.
Inclusive eu, Dr. Leandro Calil, me coloco à disposição para sanar todas as suas dúvidas, e buscar o tratamento mais adequado para o seu caso.
