A artroscopia é uma cirurgia minimamente invasiva no quadril tem se destacado como uma das maiores inovações da ortopedia moderna.
Indicada para diversos tipos de lesões e condições que afetam essa articulação, ela oferece uma abordagem menos agressiva, com recuperação mais rápida e menos dor no pós-operatório.
Neste artigo, vou explicar como essa técnica funciona, em quais casos ela é indicada e por que ela tem sido cada vez mais escolhida por pacientes e especialistas. Boa leitura!
O que é a cirurgia minimamente invasiva no quadril?
A cirurgia minimamente invasiva no quadril é uma técnica que utiliza incisões menores do que as cirurgias tradicionais.
Em vez de cortar músculos e tecidos em grande extensão, o cirurgião utiliza instrumentos especiais e câmeras de vídeo (artroscopia ou endoscopia) para acessar a articulação com o mínimo de trauma possível.
Essa abordagem permite tratar diversas condições do quadril com mais precisão e menor impacto ao corpo do paciente.
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Principais indicações da técnica minimamente invasiva
Essa técnica é indicada principalmente para os seguintes casos:
- Lesões do labrum acetabular: o tecido que envolve a articulação do quadril pode ser reparado com mais precisão;
- Impacto femoroacetabular (IFA): condição em que há atrito anormal entre a cabeça do fêmur e o acetábulo;
- Bursites e tendinites crônicas: inflamações que não respondem bem a tratamentos conservadores;
- Rupturas de tendões ou músculos do quadril: como o glúteo médio e mínimo;
- Corpos livres intra-articulares: fragmentos de cartilagem ou ossos soltos dentro da articulação.
Além disso, essa técnica também é utilizada em casos selecionados de próteses de quadril, com incisões menores e recuperação acelerada.
Como a cirurgia é realizada?
A cirurgia minimamente invasiva no quadril pode ser feita por via artroscópica ou por uma abordagem miniaberta. O procedimento geralmente segue os seguintes passos:
- Avaliação pré-operatória completa: com exames de imagem (ressonância, tomografia, raio-x) e avaliação física;
- Anestesia: geralmente é realizada anestesia raquidiana ou peridural, com sedação;
- Incisões pequenas (1 a 2 cm): por onde são introduzidos os instrumentos e a câmera;
- Visualização ampliada da articulação: com o auxílio da artroscopia, o cirurgião enxerga a articulação em alta definição;
- Tratamento da lesão identificada: podendo incluir reparos, remoção de estruturas danificadas ou até pequenas reconstruções.
A duração do procedimento varia conforme o tipo de lesão, mas normalmente dura entre 1 e 2 horas.
Benefícios da cirurgia minimamente invasiva no quadril
Os benefícios dessa técnica são amplamente reconhecidos e fazem dela uma excelente alternativa às cirurgias convencionais.
1. Recuperação mais rápida
A preservação dos músculos e tecidos ao redor do quadril permite uma recuperação funcional muito mais rápida. O paciente, em muitos casos, já consegue caminhar com auxílio no mesmo dia da cirurgia.
2. Menor dor no pós-operatório
Como há menos lesão tecidual, o nível de dor pós-operatória costuma ser significativamente menor, reduzindo a necessidade de analgésicos mais fortes e melhorando o bem-estar geral.
3. Redução do risco de complicações
Menores incisões significam menor risco de infecção, sangramento e formação de cicatrizes. Também há menos chance de tromboses e outras complicações comuns em cirurgias mais invasivas.
4. Alta hospitalar precoce
Muitos pacientes recebem alta no mesmo dia ou no dia seguinte ao procedimento, o que contribui para um ambiente mais seguro e confortável na recuperação domiciliar.
5. Retorno mais rápido às atividades
Com o protocolo de reabilitação adequado, o retorno ao trabalho, à prática esportiva e à vida social ocorre de forma mais rápida e segura.
6. Melhor resultado estético
As cicatrizes pequenas e discretas são uma vantagem adicional, especialmente em pacientes mais jovens ou preocupados com a aparência corporal.
Cuidados no pós-operatório
Mesmo com todos os benefícios, é fundamental seguir as orientações do cirurgião para garantir uma boa recuperação:
- Evitar atividades de impacto nas primeiras semanas;
- Fazer uso correto de muletas ou andadores, se indicado;
- Seguir rigorosamente o plano de fisioterapia;
- Tomar os medicamentos conforme prescrição;
- Realizar o acompanhamento médico nas datas recomendadas.
Cada caso tem suas particularidades, e o retorno às atividades físicas e profissionais deve ser individualizado.
A importância do diagnóstico preciso
Antes de qualquer cirurgia, o mais importante é obter um diagnóstico correto. Muitas dores no quadril podem ter causas diversas: problemas na articulação, nos músculos, nos nervos ou até em outras partes do corpo, como a coluna lombar.
Por isso, é essencial procurar um especialista experiente em quadril, que pode avaliar a origem da dor e indicar o tratamento mais adequado – seja ele conservador ou cirúrgico.
Quando a cirurgia minimamente invasiva no quadril é a melhor escolha?
A decisão de realizar a cirurgia minimamente invasiva depende de diversos fatores, como:
- Gravidade da lesão;
- Resposta ao tratamento clínico;
- Idade e nível de atividade do paciente;
- Objetivos de vida (trabalho, esporte, mobilidade).
Na maioria dos casos, ela é considerada quando os sintomas interferem significativamente na qualidade de vida do paciente e não respondem a outras abordagens.
Conclusão
Como podemos ver, a cirurgia minimamente invasiva no quadril representa um grande avanço no tratamento de lesões e doenças dessa articulação tão importante.
Com menos dor, recuperação mais rápida e riscos reduzidos, essa técnica tem permitido que muitos pacientes retomem sua rotina com mais autonomia, conforto e segurança.
Portanto, se você sofre com dores no quadril ou limitações de movimento, agende uma avaliação comigo, Dr. Leandro Calil, e descubra se essa abordagem é indicada para o seu caso.