Quando operar o menisco? Entenda os critérios médicos!

Quando operar o menisco

As lesões meniscais são uma das causas mais comuns de dor no joelho, especialmente entre praticantes de esportes, pessoas ativas ou mesmo em indivíduos que sofrem desgaste natural da cartilagem com o passar dos anos.

No entanto, quando alguém recebe o diagnóstico de “lesão do menisco”, a primeira dúvida costuma ser: preciso operar? A resposta é: nem sempre. Cada lesão tem suas particularidades, e os critérios para indicar a cirurgia são bem definidos pela medicina.

Neste artigo, você vai entender em quais situações o tratamento conservador funciona, quando a artroscopia é a melhor opção e porque a reabilitação faz toda a diferença no resultado final. Boa leitura!

O que é o menisco e por que ele é importante?

O menisco é uma estrutura em forma de “C”, localizada dentro do joelho, responsável por amortecer o impacto, distribuir a carga e dar estabilidade à articulação. Cada joelho tem dois meniscos: o medial (parte interna) e o lateral (parte externa).

Quando ocorre uma lesão, seja por trauma esportivo, movimento brusco ou desgaste progressivo, o paciente pode sentir dor, estalos, inchaço e até dificuldade para movimentar o joelho.

Nem toda lesão de menisco é igual

Um ponto fundamental é entender que existem diferentes tipos de lesões meniscais

Algumas são pequenas, bem localizadas e podem cicatrizar com repouso, fisioterapia e fortalecimento muscular. Outras, no entanto, são instáveis, se deslocam dentro da articulação e dificilmente melhoram sem intervenção cirúrgica.

Por isso, a decisão não é padronizada. O médico avalia exames de imagem, a idade do paciente, o nível de atividade física e, principalmente, os sintomas relatados.

Tratamento conservador: quando esperar pode ser a melhor opção

Em muitos casos, o tratamento inicial não envolve cirurgia. O chamado tratamento conservador inclui:

  • Uso de medicamentos para controle da dor e inflamação;
  • Sessões de fisioterapia para fortalecimento muscular;
  • Adaptação de atividades físicas (reduzir impacto, priorizar exercícios de baixo risco);
  • Aplicação de gelo e cuidados diários para aliviar sintomas.

Esse protocolo costuma ser a primeira escolha em lesões pequenas, em pacientes de menor demanda física ou quando o menisco tem potencial de cicatrização.

No entanto, quando esse tratamento falha e os sintomas persistem, é hora de reavaliar.

Quando a cirurgia passa a ser indicada

A cirurgia de menisco, geralmente realizada por artroscopia, é recomendada em alguns cenários bem definidos. Os principais critérios incluem:

1. Falha do tratamento conservador

Quando, mesmo após fisioterapia e cuidados clínicos, a dor continua atrapalhando o dia a dia, a cirurgia passa a ser a opção mais eficaz.

2. Lesões instáveis

Algumas lesões do menisco se deslocam dentro do joelho, provocando dor aguda e limitação de movimentos. Nesses casos, a cicatrização espontânea é improvável.

3. Bloqueio articular

Um dos sinais mais claros de indicação cirúrgica é quando o joelho “trava” ou fica bloqueado, impedindo a flexão ou extensão completa. Isso ocorre porque fragmentos do menisco impedem o movimento natural da articulação.

4. Dor persistente e limitação funcional

Se o paciente convive com dor contínua que compromete atividades básicas (andar, subir escadas, trabalhar), a artroscopia pode trazer alívio e restaurar a qualidade de vida.

Benefícios da artroscopia do menisco

A artroscopia é uma técnica minimamente invasiva, realizada com pequenas incisões e o auxílio de uma câmera. Entre seus benefícios estão:

  • Recuperação mais rápida em comparação às cirurgias abertas;
  • Menor risco de complicações;
  • Preservação máxima do tecido saudável do menisco;
  • Retorno mais seguro às atividades físicas e ao trabalho.

Além disso, dependendo do tipo de lesão, o cirurgião pode optar por suturar o menisco (dar ponto) em vez de retirar o fragmento lesionado, preservando a estrutura e evitando problemas futuros.

O papel da reabilitação no resultado

Um ponto que muitas vezes é negligenciado é o pós-operatório. A cirurgia sozinha não garante a recuperação completa — ela precisa ser acompanhada de um programa de reabilitação bem conduzido.

A fisioterapia atua em várias fases:

  • Controle da dor e do inchaço logo após a cirurgia;
  • Recuperação da amplitude de movimento do joelho;
  • Fortalecimento muscular para dar estabilidade;
  • Retorno gradual às atividades esportivas ou profissionais.

Pacientes que seguem corretamente o plano de reabilitação tendem a ter resultados mais duradouros e menor risco de novas lesões.

Cirurgia não é tabu: é solução

Ainda existe a ideia de que “cirurgia deve ser sempre a última opção”. No caso das lesões meniscais, essa visão pode atrasar o tratamento e prolongar o sofrimento do paciente.

Quando bem indicada, a artroscopia não é um “último recurso”, mas sim a melhor estratégia para recuperar qualidade de vida. O importante é ter um diagnóstico preciso e contar com acompanhamento médico especializado.

Conclusão

As lesões de menisco são comuns, mas cada caso é único. Enquanto algumas se resolvem com fisioterapia e cuidados conservadores, outras exigem cirurgia para que o paciente volte a ter uma vida ativa, sem dor e com liberdade de movimentos.

O mais importante é não conviver com sintomas por tempo indeterminado. Dor persistente, bloqueio articular e falha do tratamento conservador são sinais claros de que a cirurgia pode ser o caminho certo.

Com os avanços da artroscopia e o suporte da reabilitação, operar o menisco deixou de ser um tabu e se tornou uma solução segura, eficaz e cada vez mais acessível para quem busca voltar a viver com qualidade.

E se você está pensando em operar o menisco, entre em contato comigo, Dr. Leandro Calil. Terei um imenso prazer em avaliar o seu caso e propor o melhor tratamento possível.

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