Reabilitação do músculo esquelético: saiba o que fazer para tratar esse tipo de lesão muscular

Reabilitação do músculo esquelético

Você já ouviu falar em reabilitação do músculo esquelético? Imagine um corredor treinando arduamente para uma maratona. Durante um treino intensivo, ele sente uma dor aguda na panturrilha e percebe que algo está errado. 

Essa situação é familiar para muitos atletas e indivíduos ativos que frequentemente enfrentam lesões musculares.

As distensões, rupturas, cãibras e outras formas de lesões não são apenas desconfortáveis, elas podem significar uma pausa forçada nas atividades e, em casos graves, comprometer a performance a longo prazo.

E é aí que entra a reabilitação do músculo esquelético. Neste artigo vou explicar um pouco mais sobre os vários tipos de lesões, e as principais técnicas de reabilitação. Boa leitura!

Quais as lesões musculares mais comuns?

As lesões musculares são um problema frequente tanto para atletas quanto para pessoas que praticam atividades físicas regulares.

Cada tipo de lesão apresenta características distintas, desde distensões simples até rupturas mais severas. Abaixo vou falar sobre as principais delas.

1. Distensão Muscular (Estiramento)

A distensão muscular ocorre quando as fibras musculares são esticadas além de seu limite, causando pequenas rupturas no tecido. Geralmente, isso acontece durante movimentos bruscos ou por falta de aquecimento adequado antes do exercício. 

Os sintomas incluem dor imediata, rigidez muscular, inchaço e, em alguns casos, pode haver formação de hematomas. Essa lesão pode variar de leve a moderada, dependendo da extensão do dano tecidual.

2. Ruptura Muscular (Laceração)

Uma ruptura muscular é uma lesão mais grave, caracterizada pela ruptura completa das fibras musculares. Isso geralmente ocorre devido a traumas diretos ou sobrecarga intensa nos músculos. 

Os sintomas incluem dor intensa, incapacidade de movimentar o músculo afetado, inchaço significativo e hematomas visíveis.

Essa lesão requer tratamento imediato para evitar complicações, como a formação de cicatrizes excessivas que podem prejudicar a função muscular a longo prazo.

3. Cãibra Muscular

Embora menos grave que as distensões e rupturas, as cãibras musculares são contrações involuntárias e dolorosas dos músculos, que podem ocorrer devido a desidratação, desequilíbrio eletrolítico, fadiga muscular ou falta de alongamento adequado. 

Os sintomas incluem dor aguda e temporária no músculo afetado, que geralmente pode ser aliviada com alongamento suave e hidratação adequada.

4. Contusão Muscular

Uma contusão muscular ocorre quando há um impacto direto no músculo, causando danos aos tecidos e vasos sanguíneos. Isso resulta em dor localizada, inchaço e, muitas vezes, aparecimento de hematomas na área afetada. 

As contusões musculares são comuns em esportes de contato ou em quedas, e o tratamento inicial visa reduzir a inflamação e aliviar a dor através de compressas frias e repouso.

5. Tendinite

A tendinite é a inflamação ou irritação de um tendão, que conecta os músculos aos ossos. Essa condição pode ocorrer devido a movimentos repetitivos, sobrecarga do tendão ou envelhecimento. 

Os sintomas incluem dor e sensibilidade na articulação afetada, especialmente durante o movimento. O tratamento geralmente envolve repouso, aplicação de gelo, medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor da articulação.

6. Fascite Plantar

A fascite plantar é uma condição que envolve a inflamação da fáscia plantar, uma banda espessa de tecido na planta do pé, que pode causar dor intensa no calcanhar ou na parte inferior do pé, especialmente ao dar os primeiros passos pela manhã. 

Ela é comum em corredores e pessoas que passam longos períodos em pé, e o tratamento inicial inclui repouso, aplicação de gelo, alongamento da panturrilha e o uso de palmilhas ortopédicas para apoiar o arco do pé.

Quais as reabilitações existentes?

A reabilitação do músculo esquelético é essencial para promover a recuperação, restaurar a função e prevenir novas lesões.

Diversas abordagens são utilizadas, e a escolha da técnica depende do tipo e da gravidade da lesão, bem como das necessidades individuais do paciente. Abaixo, vou mostrar os principais tipos de reabilitação.

Alongamento e flexibilidade

Essa terapia mantém ou melhora a amplitude de movimento das articulações e a flexibilidade muscular.

A técnica ajuda a reduzir a rigidez muscular, melhorar a circulação sanguínea e preparar os músculos para atividades físicas, sendo recomendada tanto nas fases iniciais da recuperação quanto ao longo de todo o processo de reabilitação.

Fortalecimento muscular

Envolve exercícios que visam aumentar a força e a resistência dos músculos lesados e adjacentes. Esse tipo de reabilitação melhora a estabilidade e a funcionalidade muscular, reduzindo o risco de novas lesões. 

O fortalecimento geralmente é introduzido após a fase aguda da lesão, quando a dor e o inchaço estão controlados.

Terapia manual

A terapia manual, realizada por fisioterapeutas, inclui técnicas como massagem, mobilização articular e liberação miofascial. Essas práticas aliviam a dor, reduzem a rigidez, melhoram a circulação e aceleram a recuperação. 

Eletroterapia

A eletroterapia utiliza correntes elétricas para estimular os músculos e nervos, aliviando a dor, reduzindo o inchaço, promovendo a cicatrização e fortalecendo os músculos.

Esse método, é frequentemente usado nas fases iniciais para controlar a dor e o inchaço, e posteriormente para fortalecimento muscular.

Aplicação de calor e frio

O frio é geralmente usado nas primeiras 48 horas após a lesão para reduzir a inflamação e o inchaço, além de aliviar a dor. O calor, por sua vez, é mais útil nas fases subsequentes da recuperação, pois melhora a circulação sanguínea, relaxa os músculos e alivia a rigidez.

Exercícios funcionais

Eles melhoram a coordenação, o equilíbrio e a função muscular, preparando o paciente para retornar às suas atividades. Esses exercícios são introduzidos nas fases avançadas da reabilitação para garantir a recuperação completa e a prevenção de novas lesões.

Reabilitação aquática

A reabilitação aquática é uma abordagem que utiliza a resistência e a flutuabilidade da água. Os exercícios realizados na água reduzem o impacto nas articulações, aliviam a dor e permitem fortalecimento e alongamento sem sobrecarregar a área lesionada. 

Essa técnica é especialmente útil para pacientes com lesões severas ou condições que dificultam a realização de exercícios em terra.

Conclusão

Conforme podemos ver ao longo deste artigo, a reabilitação do músculo esquelético é um processo complexo, que envolve diversas técnicas e abordagens para promover a recuperação completa e prevenir complicações futuras. 

Portanto, não há uma única abordagem que se aplique universalmente a todas as lesões musculares, pois cada caso é único e requer uma avaliação individualizada.

É essencial, dessa forma, que os profissionais de saúde trabalhem em conjunto com os pacientes para desenvolver um plano de reabilitação abrangente e adaptado às necessidades específicas de cada indivíduo. 

Quer saber mais sobre a reabilitação do músculo esquelético? Entre em contato comigo, Dr. Leandro Calil. Terei um enorme prazer em avaliar o seu caso, e propor o melhor tratamento possível.

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