A tendinite na patela, também conhecida como joelho de saltador, é uma condição comum que afeta muitos atletas e pessoas fisicamente ativas.
Esta inflamação do tendão patelar, localizado abaixo da patela, pode causar dor significativa e limitar a capacidade de realizar atividades diárias e esportivas.
Aproximadamente 14% dos atletas que praticam esportes de salto, como basquete e vôlei, desenvolvem tendinite patelar em algum momento de suas carreiras.
Além disso, essa condição não se restringe apenas aos atletas; indivíduos que realizam atividades repetitivas ou que têm desequilíbrios musculares também estão em risco.
Por isso, nesse artigo vou mostrar o que é, quais são as principais causas, sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são os principais tratamentos da tendinite patelar. Boa leitura!
O que é a tendinite na patela?
A tendinite na patela é uma inflamação ou irritação do tendão patelar, que conecta a patela (rótula) à tíbia (osso da canela). Esse tendão é crucial para a função do joelho, permitindo a extensão da perna e desempenhando um papel vital em algumas atividades esportivas.
Quando o tendão é submetido a estresse repetitivo ou excessivo, podem ocorrer pequenas lesões nas fibras do tendão, levando à inflamação e dor, caracterizando a tendinite.
Essa condição é particularmente comum entre atletas que participam de esportes que envolvem saltos frequentes, como basquete e vôlei, mas também pode afetar corredores, ciclistas e praticantes de atividades físicas intensas.
Além dos atletas, pessoas com certos fatores de risco, como desequilíbrios musculares, técnicas inadequadas de exercício, ou o uso de calçados inadequados, também podem desenvolver tendinite patelar.
O tendão inflamado pode causar dor na frente do joelho, que geralmente piora com a atividade física e melhora com o repouso.
Se não tratada adequadamente, a tendinite na patela pode levar a problemas mais graves, como a ruptura do tendão, exigindo um período prolongado de recuperação e, em casos extremos, intervenção cirúrgica.
- Está gostando deste artigo? Então leia também – Congresso ISHA – Participação do Dr. Leandro Calil em 2023 na África do Sul
Quais são as principais causas?
Essa condição geralmente resulta de estresse repetitivo e sobrecarga do tendão patelar, frequentemente observado em esportes que envolvem saltos, corridas e mudanças rápidas de direção.
Atividades como basquete e vôlei são especialmente propensas a causar essa condição devido ao impacto constante e à tensão exercida sobre o joelho. Movimentos repetitivos podem levar a microlesões no tendão, que, com o tempo, resultam em inflamação e dor.
Além disso, o aumento repentino na intensidade ou duração do treinamento físico sem um período adequado de adaptação também pode desencadear a tendinite patelar.
Outros fatores contribuintes incluem desequilíbrios musculares, onde músculos da coxa, como o quadríceps e os isquiotibiais, estão desiguais em força e flexibilidade, colocando tensão adicional no tendão patelar.
Técnicas inadequadas de exercício, como postura incorreta ao saltar ou correr, também podem aumentar o risco de desenvolver a condição.
Quer conhecer mais sobre a anatomia do Joelho? Então veja esse vídeo 👇
Quais são os sintomas?
Os sintomas se manifestam como dor localizada na parte frontal do joelho, logo abaixo da patela. Essa dor pode variar de leve a intensa, dependendo da gravidade da inflamação.
Inicialmente, a dor pode ser notada apenas durante ou após atividades físicas intensas, como correr, saltar ou subir escadas.
Com o tempo e a progressão da condição, a dor pode se tornar mais constante, ocorrendo até mesmo durante atividades diárias simples, como caminhar ou levantar-se de uma cadeira.
Além da dor, outros sintomas comuns incluem sensibilidade ao toque na região do tendão patelar, inchaço leve e sensação de rigidez no joelho, especialmente após períodos de inatividade.
A área afetada pode apresentar fraqueza, dificultando movimentos que envolvam a extensão completa da perna. Em casos mais avançados, pode haver uma sensação de instabilidade no joelho, dificultando a prática de atividades esportivas ou físicas.
É importante reconhecer e tratar esses sintomas precocemente para evitar a progressão da tendinite e o risco de complicações mais sérias.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da tendinite na patela começa com uma avaliação clínica detalhada realizada por um médico ou fisioterapeuta.
Durante a consulta, o profissional de saúde coleta um histórico completo do paciente, incluindo a descrição dos sintomas, a duração e a intensidade da dor, e qualquer atividade física ou evento específico que possa ter desencadeado a condição.
O exame físico é fundamental e envolve a palpação do joelho para identificar áreas de sensibilidade e dor, bem como testes de movimento para avaliar a amplitude de movimento, força muscular e a presença de inchaço ou rigidez.
Além do exame clínico, o médico pode solicitar exames de imagem para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão.
A radiografia, embora não mostre a tendinite diretamente, pode ser útil para excluir outras causas de dor no joelho, como fraturas ou problemas ósseos.
A ultrassonografia é frequentemente utilizada para visualizar o tendão patelar e detectar sinais de inflamação, espessamento ou rupturas parciais.
A ressonância magnética (RM) é outro exame de imagem detalhado que pode ser solicitado, oferecendo uma visão mais clara das estruturas internas do joelho e ajudando a identificar qualquer lesão associada aos tecidos moles.
Quais os principais tratamentos?
O tratamento começa com abordagens conservadoras. O repouso é essencial para permitir que o tendão patelar se recupere; isso pode envolver a redução ou interrupção temporária de atividades que provocam dor, como saltar ou correr.
Aplicar gelo na área afetada várias vezes ao dia pode ajudar a reduzir a dor e o inchaço. Além disso, o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno ou naproxeno, pode aliviar a inflamação e a dor.
A fisioterapia desempenha um papel crucial no tratamento, promovendo exercícios específicos de alongamento e fortalecimento para melhorar a flexibilidade e a força dos músculos ao redor do joelho, particularmente o quadríceps e os isquiotibiais.
Técnicas como a massagem terapêutica, ultrassom e terapia de ondas de choque também podem ser utilizadas para promover a cicatrização do tendão.
Em casos mais graves ou quando os tratamentos conservadores não são eficazes, o médico pode considerar a aplicação de injeções de corticosteroides ou plasma rico em plaquetas (PRP) para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação.
Tratamento cirúrgico
Se a tendinite na patela não responder aos tratamentos conservadores após vários meses, a intervenção cirúrgica pode ser considerada como último recurso.
Procedimentos cirúrgicos podem incluir a remoção do tecido danificado ou a liberação do tendão patelar. A decisão de realizar a cirurgia é baseada na gravidade da lesão e na resposta do paciente aos tratamentos anteriores.
Após a cirurgia, a reabilitação intensiva é necessária para restaurar a função completa do joelho e prevenir a recorrência da tendinite.
Portanto, se você desconfia que está com tendinite na patela, entre em contato comigo, Dr. Leandro Calil. Terei um imenso prazer em avaliar o seu caso, e propor o melhor tratamento possível.