A dor articular – apesar de comum – pode indicar um problema mais grave. E, nesses casos, o tratamento para dores articulares podem ajudar a melhorar a condição.
É preciso destacar que a dor em uma ou mais articulações pode ter diversas causas e ser o primeiro sinal de uma condição mais séria, que exige investigação e acompanhamento médico especializado.
Neste artigo, vou explicar o que pode ser a dor articular, os sintomas que merecem atenção e quais são os principais tipos de tratamentos. Boa leitura!
O que pode ser a dor articular?
A dor articular pode se manifestar como desconforto, rigidez, sensação de peso, queimação ou dor localizada em articulações como joelhos, ombros, tornozelos, punhos e quadris.
Em alguns casos, ela aparece de forma súbita, após um trauma ou esforço intenso; em outros, surge aos poucos e vai se agravando com o tempo.
Dentre as principais causas, destacam-se:
- Lesões traumáticas: como entorses, distensões, fraturas e luxações;
- Processos inflamatórios: como tendinites, bursites e sinovites;
- Doenças reumatológicas: como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e espondiloartrites;
- Doenças degenerativas: como a osteoartrite (artrose), comum com o envelhecimento;
- Infecções: virais, bacterianas ou fúngicas, que podem atingir diretamente a articulação;
- Doenças metabólicas: como a gota, causada pelo acúmulo de ácido úrico.
Muitas vezes, o paciente associa a dor a um esforço físico ou idade, postergando a busca por atendimento. No entanto, quando a dor se torna constante, limita atividades cotidianas ou se associa a outros sintomas, é sinal de que algo mais grave pode estar em curso.
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Sintomas que merecem atenção
Observar os sintomas que acompanham a dor articular é essencial para determinar se a situação exige investigação mais profunda. Alguns sinais de alerta incluem:
- Inchaço persistente ou que aumenta progressivamente;
- Vermelhidão e calor local, indicando inflamação;
- Febre associada à dor, que pode sugerir infecção;
- Rigidez matinal prolongada, especialmente acima de 30 minutos;
- Dor que desperta o paciente durante a noite;
- Perda de força muscular ou limitação importante dos movimentos;
- Presença de nódulos, deformidades ou estalidos frequentes.
Esses sinais não devem ser ignorados. Até porque muitas doenças articulares se beneficiam de tratamento precoce, evitando complicações, perda funcional e danos permanentes às estruturas envolvidas.
Quando a dor pode ser sinal de algo mais sério?
Embora dores articulares sejam comuns e, muitas vezes, benignas, é fundamental conhecer as condições mais graves que podem estar por trás desse sintoma:
- Artrite reumatoide: doença autoimune crônica que atinge diversas articulações simultaneamente. Pode causar dor, inchaço, rigidez e, se não tratada, levar à deformação e perda de função;
- Artrite séptica: infecção na articulação, geralmente causada por bactérias. É uma emergência médica e exige tratamento imediato com antibióticos;
- Lúpus eritematoso sistêmico: doença autoimune sistêmica que pode comprometer articulações, pele, rins, pulmões e coração. As dores articulares são um dos sintomas iniciais mais comuns;
- Gota: causada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico dentro da articulação, gerando crises de dor intensa, geralmente no dedão do pé, tornozelos ou joelhos;
- Câncer ósseo ou metástases: menos comum, mas possível em pacientes com histórico oncológico ou idosos com dor óssea persistente e localizada.
Reconhecer esses quadros é fundamental para encaminhamento e intervenção adequada. Por isso, o acompanhamento com um ortopedista ou reumatologista é imprescindível em casos persistentes ou atípicos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico das dores articulares envolve uma abordagem clínica completa, que inclui:
- Avaliação clínica detalhada: exame físico da articulação, análise dos sintomas e do histórico do paciente.
- Exames de imagem, como:
- Radiografia;
- Ultrassonografia;
- Ressonância magnética;
- Tomografia computadorizada.
- Exames laboratoriais, quando há suspeita de doenças inflamatórias, autoimunes ou infecciosas.
- Punção articular (aspiração do líquido sinovial), em casos de suspeita de infecção, gota ou sinovite intensa.
Com essas ferramentas, é possível identificar a origem da dor e definir o tratamento mais indicado para cada caso.
Quando procurar um médico?
É importante não esperar que a dor piore ou se torne incapacitante para procurar ajuda. Algumas situações exigem atendimento imediato, como:
- Dor súbita e intensa, sem causa aparente;
- Inchaço com vermelhidão, febre ou calor local;
- Incapacidade de movimentar a articulação afetada;
- Trauma recente com limitação funcional;
- Dor persistente por mais de duas semanas, sem melhora com repouso ou analgésicos.
Buscar um ortopedista nessas situações pode fazer a diferença entre um tratamento simples e um quadro que evolui para cronicidade ou perda funcional.
Tratamentos para dores articulares
O tratamento depende da causa e da gravidade do quadro. Entre as abordagens mais comuns, destacam-se:
- Uso de medicamentos: como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos (em caso de infecção) ou imunossupressores;
- Fisioterapia: essencial na reabilitação, melhora da mobilidade e prevenção de novas crises;
- Infiltrações articulares: indicadas em casos de inflamações crônicas ou artrose, com alívio importante da dor;
- Cirurgias ortopédicas: quando há lesão extensa, desgaste severo ou necessidade de correção estrutural;
- Mudanças no estilo de vida: com prática regular de atividade física, controle de peso, alimentação equilibrada e cessação do tabagismo.
Alguns casos se beneficiam do uso de suplementos articulares, como colágeno, condroitina e glucosamina. No entanto, esses recursos devem ser indicados pelo médico, com base nas reais necessidades do paciente.
Convivendo com a dor articular
A dor articular crônica compromete não só o corpo, mas também o bem-estar emocional. Pacientes que sofrem com dor constante tendem a reduzir suas atividades diárias, comprometer o sono e, em muitos casos, desenvolver quadros de ansiedade ou depressão.
Por isso, o tratamento não deve ser apenas focado na dor física, mas também na qualidade de vida de cada paciente.
Envolver o paciente no processo terapêutico, estimular a prática de exercícios adequados e oferecer suporte emocional são estratégias que fazem parte de uma abordagem completa e humanizada.
Conclusão
Como podemos ver, a dor articular pode ser passageira ou sinal de um problema mais sério, e saber diferenciar é essencial para evitar complicações.
Dessa forma, o tratamento para dores articulares começa com o diagnóstico correto, e isso só é possível com a escuta atenta e o olhar clínico de um especialista.
Portanto, se você convive com dores frequentes nas articulações, não adie seu cuidado. Marque uma consulta comigo, Dr. Leandro Calil, e descubra a causa da sua dor. Terei um imenso prazer em te atender!